domingo, 24 de janeiro de 2010

Daqui de cima ainda o vejo...distante



"Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados vão parar
Entre escadas que movem os pés
E relógios que rodam para trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava jamais..."

O Cristo é o mesmo, mas mudaram as janelas, os ares, a vizinhança se tornou um pouco mais humana, mais rica de espírito, ainda que miserável até!
A praça lá em baixo é até mais limpa q a anterior, mas tem cheiro de gente, as pessoas são anônimas...vão para a praça não para apreciar o panteão aos heróis que morreram dormindo, nem o bondinho, nem invejar os moradores que habitam aquela espécie de ilha da fantasia sem Peter Pan nem Sininho...aqui são idosos que jogam cartas, apostam moedas, que caminham o mesmo pequeno percurso incontáveis vezes(na realidade, não mais q duas demoradas idas e vindas) até se sentirem exaustos, além das empregadas q ali paqueram os guardadores de carro e dos moleques q ficam bispando a próxima carteira desavisada que irão solapar!!!
Aqui o cheiro é diferente, o Cristo me olha de outro ângulo, eu o vejo com outros olhos, mas a busca continua a mesma: procuro a cumplicidade de um olhar e de um toque!

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